O termo fake news caiu no uso popular, principalmente depois das eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016. O então candidato Donald Trump usava o termo para se referir às notícias negativas produzidas sobre ele pela mídia tradicional. Mas as fake news, no entanto, não são a única foram de manipular a audiência. Por isso muita gente que estuda o tema, acredita que a expressão não é capaz de explicar o problema em sua totalidade. Organizações que lutam dentro e fora do Brasil pela democratização da comunicação têm optado pelo conceito de desinformação, que deixa mais evidente que existe a intenção de enganar, mentir, de desinformar, quando um indivíduo ou coletivo dissemina um conteúdo sabidamente falso.

 
A desinformação sempre existiu, mas é notável que ela ganha outra potência e outra velocidade no contexto da sociedade da informação. Não apenas porque a internet facilitou os fluxos de mensagens globalmente, mas também porque o modelo de negócios das grandes plataformas digitais facilita a disseminação de informações falsas ou distorcidas. Se quiser entender isso melhor, dá uma olhada na nossa cartilha “Muito Mais que Fake News”. E já que está por aqui, aproveite para checar o nosso glossário e descobrir, afinal, o que quer dizer aquela palavra que você escuta toda hora. Um pequeno guia te entrega algumas dicas para “desmascarar” notícias falsas e, batendo a vontade de saber mais, há sugestões de livros, filmes, vídeos e podcasts.

1. Preste atenção na origem
A primeira coisa é identificar de onde vem a notícia. Algumas vezes a postagem traz a logomarca da empresa autora, e você também pode conferir o domínio do site ao qual ela está remetendo. Se é uma empresa ou indivíduo que você não conhece, tente jogar esse nome em um buscador, para ver o que mais esse autor ou autora anda publicando. Se veio pelo Whatsapp você pode perguntar ao seu interlocutor como ele encontrou esse material. Se ele não souber a origem, acenda o sinal amarelo.
2. Observe o título
A desinformação tem como principal objetivo conquistar cliques. Por isso, em geral os títulos ou chamadas são sensacionalistas, escandalosos.
3. Leia a matéria toda, veja o vídeo, ouça o áudio
Se for possível abra o link para ver a matéria toda.
4. Verifique a data
Uma das táticas da desinformação é disseminar notícias antigas como se fossem novas.
5. Observe se não se trata de texto de opinião ou publicitário
Textos desse tipo precisam estar identificados. Colunas de opinião, em geral, possuem uma foto do autor, seu nome, ou pelo menos a palavra “editorial” no topo do texto. Textos publicitários também são identificados com termos como “informe publicitário” ou “matéria paga”. Opiniões e Publicidade são livres, mas você já sabe que não há naquele conteúdo nenhum esforço de distanciamento em relação ao tema que está sendo abordado.
6. Verifique os dados que embasam a notícia e suas fontes
Há dados que embasam as afirmações? (Estatísticas, opiniões de especialistas, estudos...). Esses dados são identificados? (Não basta dizer “estudos dizem...” é preciso identificar que estudo foi esse, quem fez e quando).
7. Verifique o texto
Textos falsos ou manipulados em geral possuem muitos adjetivos, enquanto conteúdos informativos costumam ser “econômicos” com eles.
8. Cuidado com as imagens
Se você recebeu uma imagem suspeita, salve-a no seu computador. Depois vá até um buscador (Google, Bing, ou qualquer outro) e clique em “imagens”. Aí na barra onde você escreveria o texto da busca, você faz o upload da imagem. E dá “enter”. O buscador vai te mostrar em que outros lugares aquela imagem foi publicada

Este site foi produzido pela Bem-Tv em parceria com UNICEF para apoiar adolescentes e jovens no enfrentamento à desinformação.